Se descrever
é caracterizar e se narrar é contar, o que é dissertar?
Assumir um ponto de vista, redigir atendo-se
ao tema, argumentar fundamentando os porquês, iluminar o que se afirma com
exemplos... A dissertação é uma das atividades fundamentais da nossa prática de
linguagem e da nossa condição de seres humanos.
Com as
experiências dissertativas, pensamos e repensamos a vida, questionamos o que
nos é apresentado, interrogamos e criticamos a realidade, defendemos os nossos
direitos, fazemos proposta de transformação do mundo. Esses
são elementos básicos do mundo dissertativo. Agora, veremos a dimensão
estrutural da dissertação. Como se organiza o texto? Como se dá a sequência das
ideias? Como se inicia o texto? Como se desenvolve o assunto? E a conclusão?
Existem inumeráveis modos de organizar a
sequência do texto dissertativo em muitas maneiras de fazer a introdução, o
desenvolvimento e a conclusão, sendo que:
- Na introdução, apresentamos o tema e o ponto de vista;
- No desenvolvimento, apresentamos a argumentação (os porquês, os exemplos.);
- Na conclusão, apresentamos uma síntese reafirmadora das ideias (reapresentação, com outras palavras, do ponto de vista e/ou do argumento principal), não esquecendo de propor uma solução para o problema e/ou discussão em questão.
Perceba a
aplicação desses requisitos no texto abaixo.
No texto veja como a introdução expõe o tema
e a posição assumida, e como a conclusão reafirma a tese.
Interessa
observar que as dissertações escolares são geralmente curtas, contendo entre 20
e 35 linhas, e nesse caso é preciso arquitetar o texto com três ou quatro
parágrafos: um para a introdução; um ou dois para o desenvolvimento; um para a
conclusão.
No entanto, vale lembrar, existe grande
liberdade para estruturar a dissertação.